“Eu,
por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num
trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto
penso no que foi lido. Depois reabro e continuo a viagem. (…) Gosto do barulho
das páginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai
ganhando: (…) a lombada descascando, o volume ficando meio ondulado com o
manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso
o mesmo de uma casa sem livros.”
(Martha
Medeiros)
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