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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Bibliopaper


Regulamento


1. O Bibliopaper é uma iniciativa da Equipa da Biblioteca Escolar.

2. Este concurso destina-se a desenvolver nos alunos o conhecimento sobre os diferentes recursos de informação disponíveis na biblioteca escolar.

3. O Bibliopaper destina-se a alunos do 2º e 3º ciclos que deverão organizar-se em grupos, com um máximo de quatro elementos.

4. O Bibliopaper decorrerá no espaço da Biblioteca Escolar, no dia 03 de dezembro de 2014, entre as 08.55h e as 12.25horas.

5. O Júri do concurso será composto pela Equipa da Biblioteca Escolar.

6. Serão atribuídos prémios aos primeiros classificados do 2º e 3º ciclo.

7. A classificação será feita tendo em conta os seguintes critérios:

  • número de respostas corretas
  • tempo utilizado
7.1. Cada resposta certa valerá um ponto.

7.2. O tempo de realização da prova será utilizado como critério de desempate.

8. Os prémios serão entregues pela Equipa da Biblioteca Escolar, no decorrer da “Semana da Leitura 2015”.

Autor do mês - Eça de Queirós

O Escritor, Eça de Queirós


José Maria de Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim em 25 de Novembro de 1845 e faleceu em Paris a 16 de agosto de 1900. Diplomata e escritor muito apreciado em todo o mundo é considerado um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos. Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de Os Maias e O Crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.
José Maria Eça de Queirós curiosamente (e escandalosamente para aquela época) foi registado como filho de José Maria d`Almeida de Teixeira de Queirós e de mãe ilegítima.
O seu nascimento foi fruto de uma relação ilegítima entre D. Carolina Augusta Pereira de Eça e do então delegado da comarca José Maria d`Almeida de Teixeira de Queirós. D. Carolina Augusta fugiu de casa para que a sua criança nascesse afastada do escândalo da ilegitimidade.
O pequeno Eça foi levado para casa de sua madrinha, em Vila do Conde, onde permaneceu até aos quatro anos. Em 1849, os pais do escritor legitimaram a sua situação, contraindo matrimónio. Eça foi então levado para casa dos seus avós paternos, em Aveiro, onde permaneceu até aos dez anos. Só então se juntou aos seus pais, vivendo com eles no Porto, onde efectuou os seus estudos secundários.
Em 1861, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Aqui, juntou-se ao famoso grupo académico da Escola de Coimbra que, em 1865, se insurgiu contra o grupo de escritores de Lisboa, a apelidada Escola do Elogio Mútuo.
Esta revolta dos estudantes de Coimbra é considerada como a semente do realismo em Portugal. No entanto, esta foi encabeçada por Antero de Quental e Teófilo Braga contra António Feliciano de Castilho, pelo que, na Questão Coimbrã, Eça foi apenas um mero observador.
Terminou o curso em 1866 e fixou-se em Lisboa, exercendo simultaneamente advocacia e jornalismo. Dirigiu o Distrito de Évora e participou na Gazeta de Portugal com folhetins dominicais, que seriam, mais tarde, editados em volumes com o título Prosas Bárbaras.
Em 1869 decidiu assistir à inauguração do Canal do Suez. Viajou pela Palestina e daí recolheu variada informação que usou na sua criação literária, nomeadamente nas obras O Egipto e A Relíquia.
Por influência do seu companheiro e amigo universitário, Antero de Quental, entregou-se ao estudo de Proudhon e aderiu ao grupo do Cenáculo. Em 1870, tomou parte ativa nas Conferências do Casino (marca definitiva do início do período realista em Portugal) e iniciou, juntamente com Ramalho Ortigão, a publicação dos folhetins As Farpas.
Decidiu entrar para o Serviço Diplomático e foi Administrador do Concelho em Leiria. Foi na cidade do Lis que elaborou O Crime do Padre Amaro. Em 1873 é nomeado Cônsul em Havana, Cuba. Dois anos mais tarde, foi transferido para Inglaterra, onde residiu até 1878. Foi em terras britânicas que iniciou a escrita d` O Primo Basílio e começou a arquitectar Os Maias, O Mandarim e A Relíquia. De Bristol e Newcastle, onde residia, enviou frequentemente correspondência para jornais portugueses e brasileiros. No entanto, a sua longa estadia em Inglaterra encheu-o de melancolia.
Em 1886, casou com D. Maria Emília de Castro, uma senhora fidalga irmã do Conde de Resende.
Em 1888 foi transferido para o consulado de Paris. Publica “Os Maias” e chega a publicar na imprensa “Correspondência de Fradique Mendes” e “A Ilustre Casa de Ramires”.
Nos últimos anos, escreveu para a imprensa periódica, fundando e dirigindo a Revista de Portugal. Sempre que vinha a Portugal, reunia em jantares com o grupo dos Vencidos da Vida, os acérrimos defensores do Realismo que sentiram falhar em todos os seus propósitos.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pensamento da Semana


sábado, 22 de novembro de 2014

Imagens da Biblioteca


terça-feira, 18 de novembro de 2014

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Conto da Semana

Era uma vez um rei que vivia muito triste por não ter filhos e mandou chamar três fadas para que fizessem com que a rainha lhe desse um filho. As fadas prometeram-lhe que os seus desejos seriam satisfeitos e que elas viriam assistir ao nascimento do príncipe. Ao fim de nove meses deu a rainha à luz um filho e as três fadas fadaram o menino. A primeira fada disse:«Eu te fado para que sejas o príncipe mais formoso do mundo.» A segunda fada disse:«Eu te fado para que sejas muito virtuoso e entendido.» A terceira fada disse:«Eu te fado para que te nasçam umas orelhas de burro.»                              
Foram-se as três fadas e logo apareceram ao príncipe as orelhas de burro. O rei mandou sem demora fazer um barrete que o príncipe devia usar para lhe cobrir as orelhas. Crescia o príncipe em formosura e ninguém na corte sabia que ele tinha as tais orelhas de burro. Chegou a idade em que ele tinha que fazer a barba, e então o rei mandou chamar o seu barbeiro e disse-lhe:«Farás a barba ao príncipe, mas se disseres a alguém que ele tem orelhas de burro, morrerás.»
Andava o barbeiro com grandes desejos de contar o que vira, mas com receio de que o rei o mandasse matar, calava consigo. Um dia foi-se confessar e disse ao padre:«Eu tenho um segredo que me mandaram guardar, mas eu se não o digo a alguém morro, e se o digo o rei manda-me matar; diga, padre, o que hei-de fazer.» Responde-lhe o padre que fosse a um vale, que fizesse uma cova na terra e que dissesse o segredo tantas vezes até ficar aliviado desse peso e que depois tapasse a cova com terra. O barbeiro assim fez; e, depois de ter tapado a cova, voltou para casa muito cansado.
Passados algum tempo, nasceu um canavial onde o barbeiro tinha feito a cova.
Os pastores, quando ali passavam com os seus rebanhos, cortavam canas para fazer gaitas, mas quando tocavam nelas umas vozes que diziam: «Príncipe com orelhas de burro.»
Começou a espalhar-se esta notícia pela cidade e o rei mandou vir à sua presença um dos pastores para que tocasse na gaita; e saíam sempre as mesmas vozes que diziam:
«Príncipe com orelhas de burro.» O próprio rei também tocou e sempre ouvia as vozes. Então o rei mandou chamar as fadas e pediu-lhes que tirassem as orelhas de burro ao príncipe.
Então elas mandaram reunir a corte toda e ordenaram ao príncipe que tirasse o barrete; mas qual não foi o contentamento do rei, da rainha e do príncipe ao ver que já lá não estavam as tais orelhas de burro!
Desde esse dia as gaitas que os pastores faziam das canas do tal canavial deixaram de dizer:«Príncipe com orelhas de burro.»
 
 
Adolfo Coelho

Pensamento da Semana


sábado, 15 de novembro de 2014

Autor do mês - Miguel Torga


 
Adolfo Correia da Rocha, que será conhecido por Miguel Torga, nasceu em 12 de Agosto de 1907, em S. Martinho da Anta,  Trás-os-Montes.
Filho de gente do campo, não mais se desliga das origens da família, do meio rural e da natureza que o rodeia. Mesmo quando não referidos, estão sempre presentes o Pai, a Mãe, o professor primário Sr. Botelho, as fragas, as serranias, a magreza da terra, o suor para dela arrancar o pão, os próprios monumentos megalíticos em que a região é pródiga.
Entra no Seminário, donde sai pouco depois.
Emigra para o Brasil em 1920. Trabalha na fazenda do tio, é a dureza da "capinagem" do café. O tio apercebe-se das suas qualidades. Paga-lhe ingresso e estudos no liceu de Leopoldina, onde os professores notam as suas capacidades.
Regressa a Portugal em 1925. Entra da Faculdade de Medicina de Coimbra. Participa moderadamente na boémia coimbrã. Ainda estudante publica os seus primeiros livros. Com ajuda financeira do tio brasileiro conclui a formatura em 1933.
A família é um dos pontos fulcrais da sua vida. O pai, com quem a comunicação se faz quase sem necessidade de palavras. Recorda os braços do pai pegando pela primeira vez na neta, recém-nascida. O mesmo amor em poemas dedicados à mãe. Por sua mulher e filha um afeto profundo, também.
A ideia da morte e da solidão acompanham-no permanentemente. Desde criança mantêm-se presentes no corpo e no espírito. Dos vinte e cinco poemas insertos no último volume do Diário, cerca de metade evocam-nas.
Viajante incansável por todo o país e estrangeiro. Visita a China e a Índia já próximo dos oitenta anos. Os monumentos entusiasmam-no. Os monumentos paleolíticos fascinam-no. Morre em 17 de Janeiro de 1995. Enterrado em S. Martinho da Anta, junto dos pais e irmã.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O Livro da Semana

Plano Nacional de Leitura



Livro recomendado para a Educação Pré-Escolar, destinado a leitura com apoio do educador/pais.

Era hora de deitar, mas o Pedro não conseguia dormir. Estava aborrecido e olhava para a Lua.

E o que o aborrecia? Na escola, a professora mandava sempre fazer trabalhos de casa, os amigos às vezes troçavam com ele, e até em casa, com os pais, tinha horas para tudo... até para brincar!

O Pedro desejava partir para um sítio onde pudesse fazer tudo o que lhe apetecesse e onde não o incomodassem. Esperou então uma estrela cadente passar, e, ao fechar os olhos, desejou viarjar até à lua, para sempre lá ficar...

Pensamento da Semana


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Pensamento da Semana